sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

II - Religião e Filosofia

RELIGIÃO, MORAL E VEGETARIANISMO
 NA ANTIGUIDADE GRECO-ROMANA

                                                                             
          A proposta de uma dieta vegetariana tem seus representantes desde os filósofos gregos. Os gregos e os romanos basicamente se alimentavam de cereais, legumes, verduras e frutas. As carnes consumidas eram peixes, aves e porco.
          O primeiro filósofo a deixar uma herança a favor do vegetarianismo foi Pitágoras no século VI a. C. A sua defesa dos animais está vinculada à doutrina de que todos os animais possuíam almas. Além de uma motivação filosófico-religiosa, ele considerava que comer carne não era saudável. O filósofo não comia carne e orientava os outros a fazerem o mesmo.
          Mais tarde aparece Epicuro (341-270 a. C.). Este ensinava a busca do prazer e a rejeição da dor. Ele não comia carne porque considerava um luxo que distraía a pessoa da vida melhor.
          Teofrasto (372-287 a. C.) considerava moralmente errado matar animais e condenava o sacrifício de animais. Ovídio (43-17 a. C.) cita em seu poema Metamorfoses o apelo de Pitágoras a evitar comer carne e abandonar o sacrifício de animais. Isso dar a entender que Ovídio mantinha um estilo de vida semelhante.
          Sêneca (4 a. C. – 65 d. C.) foi vegetariano e condenou a crueldade dos espetáculos romanos.  O biógrafo Plutarco (46-120 d. C.) adotou uma dieta vegetariana e escreveu sobre o assunto. Ele considerava que os animais eram dotados de razão e que eram dignos de consideração. Em seu ensaio “Sobre Comer Carne”, ele utilizou muitos argumentos modernos contra o consumo de carne.
          Em por fim, o neoplatônico Plotino (205-270 d. C.) considerava que todos os animais sentiam prazer e dor como os seres humanos. Ele afirmava que os seres humanos devem tratar os animais com compaixão. E Porfírio (232-305 d. C.) defendia que o consumo de carne estimula a violência e que a justiça deve ser aplicada aos animais também.

Adaptado do texto em inglês “The Hidden History of Greco-Roman Vegetarianism”de  Nathan Morgan.

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