quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

O Apocalipse de Paulo e o Corpus Hermeticum

APOCALIPSE DE  PAULO  (NHC  V,2)  E  O CORPUS  HERMETICUM:

CONVERGÊNCIAS DE CRENÇAS SOBRE ASCENSÕES CELESTIAIS

RESUMO: A  possível  influência  e  a  convergência  de  crenças  herméticas  e  cristãs  podem  ser  verificadas  em relações  intertextuais  e  temáticas  de  textos  apócrifos  e  pseudepigráficos  da  biblioteca  de  Nag Hammadi com a literatura hermética. Neste artigo, identifica-se ocompartilhamento dos temas da ascensão celestial e do processo salvífico entre o Apocalipse de  Paulo  (NHC  V,2)  e Corpus Hermeticum(HC 1, HC 13), Discurso sobre a Ogdôada e a Enéada (NHC VI,6) e Asclépio (NHC VI,8). O texto narra uma viagem de Paulo ao céu que fornece marcas cosmológicas, antropológicas e éticas que foram confrontadas com o Corpus Hermeticum. Em seguida, analisaram-se as aproximações e distanciamentos entre os dois sistemas que foram contemporâneos e dividiram os mesmos ambientes socioculturais.

Palavras-chave: Apocalipse de Paulo.Hermetismo.Ascensão.Processo Salvífico.

 

Disponível em: Protestantismo em Revista: http://revistas.est.edu.br/index.php/PRProtestantismo em Revista é licenciada sob uma Licença Creative Commons.http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v45i2




segunda-feira, 24 de abril de 2023

Epistemologia e Ciências da Religião

 EPISTEMOLOGIAS DA MEMÓRIA E DO TESTEMUNHO NOS ESTUDOS
DO CRISTIANISMO PRIMITIVO: ANÁLISE DE NARRATIVAS DIVERGENTE
S


José Aristides da Silva Gamito


Resumo


As memórias dos primeiros cristãos constituem um campo de pesquisa desafiante e necessário para compreender o desenvolvimento das crenças do cristianismo primitivo. As ciências cognitivas, especificamente, as teorias da epistemologia da memória e do testemunho se apresentam como suporte promissor na análise de fontes cristãs neotestamentárias e apócrifas. A partir desse referencial, analisamos dois casos de memórias coletivas que tiveram diferentes representações: o caso da morte de Judas e o da disputa de liderança entre os apóstolos. As narrativas conflitantes e concorrentes vão de encontro ao fato de que as memórias coletivas ressignificaram diferentes relatos e narrativas de identidade sobre os mesmos personagens de acordo com a necessidade de acomodação de crenças e de organização de poder de uma comunidade.


Palavras-chave: Memória; Testemunho; Crenças; Evangelhos; Cristianismo primitivo.

Disponível em: http://editora.metodista.br/publicacoes/anais-da-xxiv-e-xxv-semana-de-estudos-de-religiao


 

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Quando os filósofos falam de felicidade

 

Neste dossiê que desenvolvemos com os alunos do 1º ano de Filosofia do Seminário Diocesano, procuramos reunir as propostas de vários filósofos sobre felicidade. O projeto de pesquisa integrou a proposta de iniciação científica dentro das aulas de Dissertação Filosófica no ano de 2022. Baixar aqui: https://www.academia.edu/91579403/Quando_os_fil%C3%B3sofos_falam_de_felicidade


 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

A reabilitação das ideias dos ditos hereges

 JOVINIANO DE CORDUENE: O EPICURO DO CRISTIANISMO OU PRÉ-REFORMADOR?

 


 

A pesquisa sobre a literatura do cristianismo primitivo e antigo nos revela o quão diverso era esse movimento. Além disso, à medida que o cristianismo vai se institucionalizando e ganhando poder político, ele vai se inclinando à intolerância religiosa. O monge Joviniano, no século IV, foi vítima de uma dura perseguição por dar uma nova interpretação a algumas crenças cristãs. A polêmica foi preservada na obra Adversus Jovinianum de Jerônimo.

Jerônimo cita as principais teses de Joviniano:

 

(1)    Ele diz que “virgens, viúvas e mulheres casadas, que uma vez passaram pela pia de Cristo, se eles estão em pé de igualdade em outros aspectos, são de igual mérito”.

(2)    Ele se esforça para mostrar que “aqueles que, com plena certeza de fé, nasceram de novo em batismo, não pode ser derrubado pelo diabo”.

(3)    Seu terceiro ponto é “que não há diferença entre a abstinência de alimentos e sua recepção com ação de graças”.

(4)    A quarta e última é “que há uma recompensa no reino dos céus para todos os que guardaram seu voto batismal” (AJ, I, 3).

 

Joviniano fez críticas à supervalorização da vida monástica em detrimento da vida dos casados. A primeira tese iguala em mérito os estados da virgindade e do casamento. A tradição católica sempre tentou considerar que a virgindade é superior ao casamento. Essa crença nasce com o fortalecimento da vida monástica. É seu discurso interno de justificação. A visão do Joviniano soa como uma compreensão recuperada pelo Concílio Vaticano II de que a condição de batizados iguala leigos e clérigos.

O monge destaca o batismo como a garantia da perseverança moral e da recompensa eterna. É uma postura pré-protestante. O batismo como sinal de fé justifica o fiel diante de Deus. Outra tese que conecta Jovianiano à Reforma Protestante é o desaconselhamento à ascese e à penitência. O jejum e a refeição têm igual valor. Isso significa que as práticas de abstinência do sexo e do alimento são facultativas, escolhas individuais. Elas não tornam ninguém superior ou com mais vantagens espirituais em relação ao casado ou ao que jejua.

Os escritos de Joviniano enfureceram aqueles que construíam sua prática cristã em cima de tais valores. Ele foi condenado como herege.

quinta-feira, 10 de março de 2022

Biblioteca de Oxirrinco

 

Os papiros de Oxirrinco são documentos importantes para conhecer o uso da escrita no mundo antigo, além de preservar testemunhos da transmissão dos textos do cristianismo. A coleção de fragmentos publicada por Grenfell e Hunt (foto) pode ser encontrada na plataforma Archive.

Link: https://archive.org/search.php?query=The+Oxyrhynchus+Papyri&page=2


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Mais um artigo: FILOSOFIA DA RELIGIÃO EM EPICURO, UMA ABORDAGEM NATURALISTA DA CRENÇA EM DEUS

 

Resumo:

A filosofia da religião de Epicuro de Samos procura resolver três problemas sobre a existência dos deuses e sobre a religião pública: a origem da crença na existência dos deuses, a intervenção deles no mundo e a função do culto religioso. Em comparação com a Epistemologia Reformada que discute a racionalidade das crenças religiosas, Epicuro sustenta que a crença na divindade se origina por meio de uma prolépsis natural que sugere que os deuses são felizes e imortais. As teses de Epicuro trazem como consequência uma redefinição da função da religião visto que os deuses não causam malefícios e nem benefícios aos homens e nem interferem no mundo.

 

Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rbfr/article/view/38866