sábado, 30 de novembro de 2019

Nomistas e antinomistas


UMA CONTROVÉRSIA DO CRISTIANISMO PRIMITIVO: A DISPUTA ENTRE NOMISTAS E ANTINOMISTAS

A CONTROVERSY IN EARLY CHRISTIANITY: THE DISPUTE
BETWEEN NOMISTS AND ANTINOMISTS

José Aristides da Silva Gamito
Resumo

A polêmica entre fé e obras tem sua origem no cristianismo primitivo. As igrejas paulinas eram antinomistas e consideravam que o Evangelho estava acima da Lei. As igrejas judaico-cristãs eram nomistas e aceitavam a fé em Jesus sem desconsideração com a Lei. Neste contexto, se insere a diferença doutrinal entre Paulo e Tiago.

Palavras-chave: Fé. Obras. Nomista. Antinomista. Paulo. Tiago.

Abstract
The controversy between faith and works has its origin in early christianity. The pauline churches were antinomist and considered the Gospel above the Law. The judeo-christian churches were nomist and accepted faith in Jesus without disregard for the law. In this context, the doctrinal difference between Paul and James is inserted.

Keywords: Faith. Works. Nomista. Antinomist. Paulo. Tiago.

1. Introdução

Quando Lutero postula a doutrina da justificação pela fé e põe em marcha uma polêmica com a Igreja Católica do século XVI, ele não estava fazendo algo totalmente inédito. Esta mesma controvérsia existiu no cristianismo primitivo. Na Igreja dos primeiros séculos, existiam os nomistas que eram cristãos de origem judaica que reivindicavam a autoridade da Lei e os antinomistas que consideravam que a nova aliança tinha um poder revocatório da Lei.[1]
A controvérsia do século XVI surge da contraposição das leituras de Romanos e de Tiago. Os dois textos dão ênfases diferentes ao binômio fé/obras. Paulo considera que a adesão ao Evangelho pela fé é suficiente para a salvação (Rm1, 16-17). Tiago 3, 14-26 já entra no mérito de modo incisivo: “Acaso a fé poderá salvá-lo?” As obras são a comprovação da fé. Elas são o aspecto exterior da religião.  Uma fé sem obras é morta.
Neste artigo, vamos buscar alguns testemunhos desta polêmica no início do cristianismo. As diferentes visões a respeito da Lei ocorreram naturalmente dentro do processo de formação do cristianismo. Como, dentro de um primeiro estágio, o cristianismo era apenas um movimento reformista dentro judaísmo, era esperado um debate sobre o que permaneceria válido ou não do Antigo Testamento. Mais tarde, houve uma ruptura definitiva entre as duas religiões, aí estas decisões ficaram mais fáceis.

2. O antinomismo das igrejas paulinas

            As cartas aos Romanos e aos Gálatas nos indicam que os cristãos de tradição paulina rejeitavam a autoridade da Lei judaica. A Carta aos Romanos 1, 16-17 anuncia que a justificação se dá por meio da fé. A Carta aos Gálatas 3, 1-5 também argumenta dizendo que o Espírito foi conferido aos cristãos pela adesão à fé e não pelas obras da Lei. Fora dos escritos paulinos, está a Carta aos Hebreus. Esta carta, que parece ter sido escrita na Itália (Hb 13, 24), defende claramente que a antiga Lei foi revogada (Hb 7, 18-19). Portanto, para os cristãos a salvação vem da fé no Evangelho. Esta característica doutrinal foi marcante nas comunidades paulinas.
No começo das missões fundadoras das primeiras comunidades, já começava esta polêmica em torno do valor da Lei. Alguns membros da Igreja de Jerusalém começaram a cobrar dos antioquenos que eles deveriam antes se circuncidar para depois aderir à fé em Jesus. Diante da polêmica, Paulo e Barnabé vão a Jerusalém para consultar os apóstolos (At 15, 1-4).
Em Jerusalém, aconteceu o primeiro debate conciliar da igreja. Os cristãos de origem farisaica impunham a Lei como condição para a salvação. Mas, Pedro se posiciona dizendo que “é pela graça do Senhor Jesus que nós cremos ser salvos” (At 15, 11). Tiago intervém também no debate dizendo que eles não deveriam incomodar os gentios convertidos (At 15, 19).
A partir deste aval dos apóstolos, Paulo leva seu antinomismo até as últimas consequências. Portanto, uma vasta área geográfica ocupada pelas igrejas paulinas preservou a doutrina da supremacia da fé sobre as obras. Marcião de Sinope (85-160) representou reação mais extrema antinomista. Ele era natural da Ásia Menor.
Marcião considerava o Deus do Antigo Testamento incompatível com o Deus de Jesus. De acordo com seu ponto de vista, a Lei estava abolida como Paulo ensinou. Quando ele se posicionou sobre o cânon bíblico, aceitou apenas o Evangelho de Lucas e as cartas paulinas como Escrituras e rejeitou o Antigo Testamento integralmente. Ele teve o mérito de ser o primeiro a reivindicar a noção de Novo Testamento como Escrituras. Paulo era o autor preferido de Marcião justamente por causa da doutrina da supremacia da fé.

3. O nomismo das igrejas judaico-cristãs

As igrejas paulinas se situavam fora da Palestina e eram compostas por pagãos e judeus que haviam nascidos na diáspora. O distanciamento das tradições do Templo de Jerusalém facilitou a propagação da revogação da Lei. Porém, aquelas comunidades cristãs oriundas de judeus convertidos, sejam de grupos de fariseus, sejam de judeus influenciados pela tradição do Templo, não se desapegaram facilmente da autoridade da Lei.
A Carta de Tiago era proveniente de uma comunidade judaico-cristã. Segundo a tradição, Tiago foi o primeiro bispo de Jerusalém. Esta carta representa uma visão distinta de Paulo, segundo a qual a prática das virtudes da Lei é indispensável para a salvação. Tiago contém um apelo à Lei e ao espírito do profetismo do Antigo Testamento que enfatiza o dever ético do judeu para com os órfãos e as viúvas.
     Há registro de igrejas judaico-cristãs que conservaram uma reverência à Lei mesmo acreditando em Jesus. Dentre os nomistas, estão os cristãos ebionitas. Os ebionitas acreditavam que Jesus era simples homem nascido de homem e mulher. Eles tinham predileção pela observância da Lei em detrimento da fé. Observavam o sábado e toda disciplina judaica e seu Evangelho de uso era dos Hebreus (27, 1-5).[2] Os cristãos ebionitas consideravam a predominância da Lei. Eles mantinham práticas judaicas, além de observarem o sábado, aceitavam a circuncisão e realizavam rituais em purificação (30, 2,5).[3]
     Os nazarenos também acreditavam em Jesus, mas tinham a Lei em alta consideração. Eles eram judeus-cristãos ligados à Lei e à circuncisão (29, 5, 4).[4] Portanto, muitas comunidades que se desenvolveram dentro da Palestina possuíam um cristianismo judaico, observador da Lei. Eles não aceitavam a posição antinomista de Paulo. Estes cristãos conservavam uma versão do Evangelho de Mateus (ou similar) justamente por ser o evangelho mais judaico. Jesus diz neste evangelho: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas” (Mt 5,17).

4. Considerações gerais

     O cristianismo primitivo não era um movimento religioso unificado. Havia dois posicionamentos claros a respeito da Lei. As igrejas paulinas eram antinomistas e as igrejas judaico-cristãs eram nomistas. Isto se explica em parte por razões culturais. Além disso, os cristãos tinham duas coisas a fazer, ou aceitavam a Lei e Cristo, ou consideravam Cristo totalmente uma novidade a ponto de rechaçar a Lei. As duas posições eram possíveis e existiram.
     Em parte, Paulo acabou prevalecendo. Eusébio de Cesareia nos informa que no século II alguns rejeitavam a Carta de Tiago. Esta rejeição deve ter resultado da rivalização com as Cartas de Paulo. Como elas ocuparam uma parte significativa do Novo Testamento, acabaram sendo parâmetro para aceitação dos outros livros.
Afinal, fé ou obras? Poderíamos dizer que Paulo e Tiago discutem sobre duas dimensões de um mesmo fenômeno: a fé. Porém, estão focando pontos diferentes.  Se alguém ler cada texto como unidade em si mesmo, não há contradições. A contradição aparece quando se quer fazer do Novo Testamento uma unidade teológica, tentando harmonizar diferentes pontos de vista. O cristianismo primitivo era plural e até contraditório em si mesmo.

Referências

CESAREIA, Eusébio de. História Eclesiástica. Tradução de Wolfgang Fischer. São Paulo: Fonte Editorial, 2019, p. 101.

SALAMIS, Epiphanius of. The Panarion of Epiphanius of Salamis: Book I. Translated by Frank Williams. Leiden; Boston: Brill, 2009, 30, 205.




[1] Os termos “nomistas” (a favor da Lei) e “antinomistas” (contra a Lei) foram concebidos especificamente para este artigo, não consultamos o uso deles em outros textos.
[2] CESAREIA, Eusébio de. História Eclesiástica. Tradução de Wolfgang Fischer. São Paulo: Fonte Editorial, 2019, p. 101.
[3] SALAMIS, Epiphanius of. The Panarion of Epiphanius of Salamis: Book I. Translated by Frank Williams. Leiden; Boston: Brill, 2009, 30, 205.
[4] SALAMIS, Epiphanius of. The Panarion of Epiphanius of Salamis: Book I. Translated by Frank Williams. Leiden; Boston: Brill, 2009, 29, 5, 4.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O Evangelho de Tomé - A Outra Face de Jesus


LANÇAMENTO DO LIVRO “O EVANGELHO DE TOMÉ:
A OUTRA FACE DE JESUS”


Neste fim de ano, estarei lançando pela Fonte Editorial minha pesquisa sobre o Evangelho de Tomé. Trata-se de um importante documento para se conhecer o cristianismo primitivo. Neste livro, procurei analisar a identidade de Jesus a partir da perspectiva do autor e da comunidade de Tomé. O objetivo é contribuir com a difusão de literatura sobre o cristianismo primitivo no Brasil. Mais informações: joaristides@gmail.com.



LAUNCHING OF THE BOOK “THE GOSPEL OF THOMAS: ANOTHER FACE OF JESUS”

In the end of this year, I will launch by Fonte Editorial my search about the Gospel of Thomas. It is an important document for you know the Early Christianity. I analyzed the identity of Jesus according to thomasine community. My goal is to contribute with dissemination of literature about this subject in Brazil.

domingo, 24 de novembro de 2019

Culto no cristianismo antigo


O SURGIMENTO DE UM RITO PARA A CEIA EUCARÍSTICA

THE EMERGENCE OF A RITE FOR THE EUCHARISTIC SUPPER

José Aristides da Silva Gamito
1. Introdução

As reuniões dos primeiros cristãos tiveram início de modo simples, imitando o cotidiano, sem uma ordem estabelecida. Eles se reuniam periodicamente para rememorar a última ceia do Senhor. Na comunidade de Corinto, surgiu um problema. As assembleias estavam ficando tumultuadas. Paulo intervém com uma carta. O apóstolo não informa detalhes sobre o rito mínimo que esta comunidade seguia. Ele apenas diz que é necessário tem uma ordem.
Geralmente, a reunião começava com comidas e bebidas. Era um momento para colocar os dons a serviço da comunidade. As cartas eram lidas durante esta reunião. A evolução da ceia eucarística foi acontecendo aos poucos. A realização de uma refeição de confraternização era o centro porque era o memorial do Senhor. Aliás, um banquete (symposium) tinha lugar em várias associações da antiguidade. O banquete não era somente para comer, mas também para discutir filosofia, realizar ritos religiosos.

2. O desenvolvimento do rito da Ceia do Senhor

A recitação das palavras de Jesus na última ceia parece que foi sendo incorporada no rito da eucaristia desde o começo. Paulo faz referência à bênção que era proferida sobre o cálice (1 Cor 1,16). A fórmula da ceia do Senhor é descrita em 1 Coríntios 11, 23-27. Mais tarde, depois do ano 90, na Didaquê aparecem duas bênçãos que deveriam ser proferidas sobre o cálice e sobre pão (Did. 9, 1-5). Após a ceia havia uma ação de graças que deveriam ser rendidas (Did. 10, 1-6).
Já no século II, surgem algumas prescrições rituais. Porém, os ritos variavam de lugar para lugar. Justino Mártir informa seguinte ordem: a) Leitura dos evangelhos ou profetas; b) pronunciamento do presidente; c) oração comum; d) apresentação da comida e da bebida; e) oração eucarística; f) distribuição dos alimentos; g) refeição e h) coleta (I Ap. 67, 3-6). Clemente de Alexandria apresenta a seguinte ordem: a) Leitura das Escrituras; b) interpretação; c) refeição eucarística; d) oração e e) canto de hinos.[1]
No final do século II, Tertuliano no Apologeticum fornece uma rápida visão da ordem dos atos na ceia: a) oração de pedido e de intercessão; b) leitura das Escrituras; c) sermão; d) coleta; e) oração eucarística; f) refeição; g) cantos e h) canto final.  Este autor menciona também que o costume era se reunir aos domingos. Tertuliano aponta que nos grupos de cristãos heréticos, além desses atos, havia ênfase em revelações e em curas.[2]
Nos atos apócrifos, a ordem das partes que compunham as assembleias era diversa, mesmo com a manutenção de alguns elementos. Nos Atos de João: a) sermão; b) oração; c) prece eucarística; d) refeição eucarística. Nos Atos de Pedro, a ordem variava: a) oração eucarística; b) advertências; c) oração de intercessão; e de outro modo: a) leitura das Escrituras; b) sermão; c) oração; d) curas; e) refeição eucarística. Nos Atos de Paulo, a ordem preferida era: a) oração; b) fração do pão; c) sermão e d) discurso profético; e) refeição eucarística e f) cantos.[3]
No século III, a liturgia ganha um caráter sacramental. Segundo a Tradição Apostólica, as orações de ação de graças antecediam a refeição eucarística. A ordem do rito que vai se definindo é a seguinte: a) saudação do bispo; b) oração eucarística; c) oração comum; d) recitação de salmos; e) bênção sobre o cálice e o pão; f) comida e bebida; g) instrução do bispo; h) após a refeição, distribuição do apophoreta. Na Didascália, a ordem é a seguinte: a) oração; b) leitura das Escrituras; c) sermão; d) oração eucarística e f) eucaristia.[4]

3. Considerações finais

Podemos dizer que, do ponto de vista da história do cristianismo primitivo, a missa católica e o culto neopentecostal representam duas versões extremas das assembleias dos primeiros cristãos. A missa racionalizou os atos através de um rito fechado, organizado, excessivamente medido. O culto neopentecostal optou pelo uso livres dos elementos rituais, chegando à quase ausência de ritos. As liturgias antigas estavam a meio caminho dessas extremidades.

Referências
ALIKIN, Valeriy Alexandrovich. The earliest history of the christian gathering origin, development and content of the christian gathering in the first to third centuries. Doctor’s thesis. University of Leiden, 2009.

DIDAQUÊ. Didaquê. In: Padres Apostólicos. São Paulo: Paulus, 1995.


[1] ALIKIN, Valeriy Alexandrovich. The earliest history of the christian gathering origin, development and content of the christian gathering in the first to third centuries. Doctor’s thesis. University of Leiden, 2009, p. 60.
[2] ALIKIN, 2009, p. 60-61.
[3] ALIKIN, 2009, p. 62.
[4] ALIKIN, 2009, p. 63.

Ministérios no cristianismo primitivo


 Imagem relacionada
A EFERVESCÊNCIA DE MINISTÉRIOS NA IGREJA DO SÉCULO II


Na obra “Tradição Apostólica” de Hipólito de Roma aparece uma lista de ministérios que eram praticados na Igreja do século II. Este documento é importante para observamos a evolução dos ministérios desde a 1ª Epístola a Timóteo (década de 60) até a época de Hipólito.
Dentre os ministérios ordenados estão o episcopado, o presbiterato e o diaconato. Os candidatos a estes ministérios recebiam a imposição das mãos e uma oração de pedido de transmissão do Espírito Santo.
Os ministérios não-ordenados são: os confessores, as viúvas, as virgens, os leitores, os subdiáconos e os que tinham o dom da cura. Os confessores eram aqueles que eram acusados, perseguidos presos ou torturados por causa da fé cristã. Quando eram candidatos ao diaconato ou ao presbiterato não recebiam a imposição das mãos por causa da honra da confissão de fé. Os confessores não exatamente um ministério, uma condição resultante das perseguições religiosas.
Estes ministérios não tinham um rito especial. A viúva era recebida pela simples inscrição de seu nome. Á virgem bastaria sua decisão. O leitor era instituído pelo gesto de receber o livro do bispo. Os subdiáconos eram somente nomeados para seguir os diáconos. O dom da cura era comprovado pela prática.

Referência
ROMA, Hipólito de. Tradição Apostólica. Disponível em < https://www.ecclesia.com.br/biblioteca/pais_da_igreja/tradicao_apostolica_hipolito_roma.html>. Acesso em 22 nov. 2019.


quinta-feira, 21 de novembro de 2019

História do cristianismo antigo


OS APÓSTOLOS E ALGUNS DE SEUS COLABORADORES NA OBRA “HISTÓRIA ECLESIÁSTICA” (311-325) DE EUSÉBIO CESAREIA

Qual foi o destino de cada um?


ANDRÉ: André foi para a Cítia (I, 1).
BARTOLOMEU: Pregou na Índia para onde levou uma cópia do Evangelho de Mateus (X, 3).
FILIPE: Filipe e suas quatro filhas morreram em Hierápolis, na Ásia (XXXI, 1; XXXI, 4). As suas filhas eram profetisas (XXX1, 5). Ele era um dos servidores instituídos em Atos 6.
JUDAS: Seus descendentes foram executados na época de Domiciano por serem da família de Davi (XIX, 1).
JOÃO: João foi pregar na Ásia e morreu em Éfeso (I, 1). Durante este tempo, ele foi condenado ao exílio na ilha de Patmos (XVIII, 1). Depois voltou a viver em Éfeso (XX, 9).
LUCAS: Era médico e oriundo da Antioquia, foi companheiro de Paulo (IV, 6).
MARCOS: Ele foi companheiro de Pedro e escreveu seu evangelho baseado na pregação que ouvia (XV, 1). Foi também o primeiro a pregar entre os egípcios
MATEUS: Pregou inicialmente para os judeus e deixou suas memórias escritas (XXIV, 6).
PAULO: Paulo foi de Jerusalém até o Ilírico[1]. Por último, foi para Roma e acabou morto na época de Nero (I, 3).
PEDRO: Pedro deixou Jerusalém e foi pregar no Ponto, na Galácia e na Bitínia, na Capadócia e na Ásia. Depois, dirigiu-se a Roma onde morreu crucificado (I, 2). Depois da morte de Pedro e de Paulo, Lino foi o primeiro epíscopo em Roma (II, 1).
TIAGO: Tiago foi bispo de Jerusalém (I, 3). Tiago, João e Pedro foram os primeiros aos quais foi confiada a organização da comunidade de Jerusalém. Tiago, filho de Zebedeu, irmão de João, foi decapitado por onde de Herodes durante o reinado de Cláudio (IX, 1).
TOMÉ: Tomé enviou Tadeu a Edessa onde este converteu o rei Abgar e aquela cidade (I, 6). Tomé exerceu sua pregação em Partia (I, 1).,

Referência:
CESAREIA, Eusébio de. História Eclesiástica. São Paulo: Novo Século, 2002.


[1] Illýricum – antiga província romana que corresponde hoje a uma área da Albânia até a Croácia.